Do século XIX até os dias de hoje houve grandes modificações na instituição família. O lugar ocupado pela mulher foi totalmente alterado. Por circunstancias históricas ela foi inserida no mercado de trabalho e, em dado momento, passou a abraçar as obrigações com a família, como atualmente fazem as mães solteiras em Vitória da Conquista.
“Quando descobri a minha gravidez eu e o pai dela já não estávamos mais juntos. Porém ele se alegrou com a noticia (…) Tinha medo de ser mãe solteira. Ele me assistiu durante a gestação com o que “podia”, pagava os exames e tal...
Quando tive ela, fui para um hospital público, sofri dolorosas 12 horas de trabalho de parto. Perdi muito sangue, quase vim a óbito. Já quase sem forças o médico decidiu fazer uma cesariana, mas depois disso tudo de sofrimento pedi a Deus e consegui ter o parto normal. Tive Júlia com 26 anos, ainda mentalmente adolescente. Fui descobrir o que é ser mulher (adulta) depois dela”, conta Alexandrina Santana, mãe de Maria Júlia Santana Santos.
Alexandrina e Maria Júlia |
Alexandrina é estudante, cantora e atriz, vive dos eventuais trabalhos que realiza e principalmente da ajuda da mãe, com quem mora juntamente com a filha, numa casa alugada em Vitória da Conquista. Francisco, o pai de Maria Júlia, vive em Sergipe, registrou a criança e contribuí com uma pequena ajuda financeira mensal, mas com a distância o apoio afetivo e educacional é ausente.
Hoje, mesmo que ainda exista forte influência patriarcal na sociedade, cada vez mais surgem novas formas de estruturas familiares. A mulher muitas vezes pelas condições que lhe são impostas tem que assumir sozinha o comando da casa. Como revela dados do último censo do IBGE de 2010, no Brasil cerca de 37% dos lares são chefiados pelas mulheres.
“Eu me sinto, talvez por esse ideal familiar imposto a nós, que sou insuficiente pois o papel masculino de casa, a referência paterna, ela não tem. O preconceito maior talvez seja de encontrar alguém para manter um relacionamento. Nas mulheres da minha idade paira a sombra que estão "sempre a caça de um casamento" e as vezes me sinto nessa tendência de encontrar esse alguém por sentir o peso de tudo (emocional e financeiramente) sobre mim”, relata Alexandrina.
Apesar das dificuldades, e com relação a existência de preconceito Alexandrina afirma: “Mas eu mesmo não sinto o preconceito chegando em mim não. Não permito. Sei que não sou exceção, sou regra. O que mais tem é mãe solteira por ai. Mas essa pressão me impulsiona a querer ter uma família, pai, mãe não só por minha vontade de dividir a vida com alguém, mas por ela”.
Rozirene de Jesus é outro mãe solteira, trabalhadora informal na Feira do CEASA no centro da cidade, há mais de quatro anos. Ela só estudou até a 4ª. série do curso primário, mora no bairro Valéria com os cinco filhos.
Rozirene não tem casa própria e já trabalhou antes como doméstica. Hoje vive do que vende na feira, segundo ela é com este trabalho que paga o aluguel e sustentar os filhos, sem o apoio do pai.
Mulheres como Alexandrina e Rozirene que assumem a responsabilidade de cuidar e educar seus filhos sem a presença ou participação efetiva do pai, certamente, constroem a história da cidade com suas experiências de vida.
Hoje, mesmo que ainda exista forte influência patriarcal na sociedade, cada vez mais surgem novas formas de estruturas familiares. A mulher muitas vezes pelas condições que lhe são impostas tem que assumir sozinha o comando da casa. Como revela dados do último censo do IBGE de 2010, no Brasil cerca de 37% dos lares são chefiados pelas mulheres.
“Eu me sinto, talvez por esse ideal familiar imposto a nós, que sou insuficiente pois o papel masculino de casa, a referência paterna, ela não tem. O preconceito maior talvez seja de encontrar alguém para manter um relacionamento. Nas mulheres da minha idade paira a sombra que estão "sempre a caça de um casamento" e as vezes me sinto nessa tendência de encontrar esse alguém por sentir o peso de tudo (emocional e financeiramente) sobre mim”, relata Alexandrina.
Apesar das dificuldades, e com relação a existência de preconceito Alexandrina afirma: “Mas eu mesmo não sinto o preconceito chegando em mim não. Não permito. Sei que não sou exceção, sou regra. O que mais tem é mãe solteira por ai. Mas essa pressão me impulsiona a querer ter uma família, pai, mãe não só por minha vontade de dividir a vida com alguém, mas por ela”.
Rozirene de Jesus é outro mãe solteira, trabalhadora informal na Feira do CEASA no centro da cidade, há mais de quatro anos. Ela só estudou até a 4ª. série do curso primário, mora no bairro Valéria com os cinco filhos.
Rozirene não tem casa própria e já trabalhou antes como doméstica. Hoje vive do que vende na feira, segundo ela é com este trabalho que paga o aluguel e sustentar os filhos, sem o apoio do pai.
Rozirene no CEASA |
Mulheres como Alexandrina e Rozirene que assumem a responsabilidade de cuidar e educar seus filhos sem a presença ou participação efetiva do pai, certamente, constroem a história da cidade com suas experiências de vida.
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